A MODA COMO ARTE E ESTILO

ESSA ROUPA TEM HISTÓRIA

Seria a última tentativa. Foi o que pensou Lais Roberta após perder a mãe e estar prestes a viajar para o exterior para trabalhar como babá quando decidiu tentar uma carreira na internet. Chegou até a escrever uma simbólica carta para a mãe, publicada no Instagram, na qual dizia: "pretendo ir embora ano que vem". Porém, com as fronteiras fechadas em 2020 por conta da pandemia da covid-19, criar conteúdo surgiu como uma possibilidade profissional e também uma forma de se tornar a referência que ela buscava. Nascia, então, La Robertita.

Aos 28 anos, Lais Roberta não encontrava personificada a imagem que existia em seu imaginário de uma mulher sofisticada, minimalista e elegante em looks com peças de alfaiataria, sem estampas e oversized. Preta, gorda, filha de pernambucanos e nascida em Jandira, região metropolitana de São Paulo, Roberta foi em busca de subverter a imagem de moda que se tem de uma mulher com essas características. A influenciadora e historiadora não queria apenas vestir roupas e publicar nas redes sociais, era preciso mais: ela quis, então, reconstruir um imaginário coletivo.

Virada de chave com blazer

Neste caminho, encontrar à disposição roupas que colaborassem nessa construção era tarefa árdua. A oferta era escassa, especialmente em brechós — onde Robertita buscava (e ainda busca) grande parte de seu acervo de moda. Encontrar algo com aquelas características e que a vestisse bem era uma missão que exigia paciência, tempo, disposição e desgaste, físico e emocional. Por isso, uma peça foi marcante nessa trajetória: um blazer de alfaiataria offwhite encontrado em um brechó on-line por R$ 25. Eu fiquei esperando na janela a entrega pelos Correios. Lembro perfeitamente da sensação de quando a vi disponível para venda. Era tudo que eu precisava para começar.

Sim, é possível sentir tudo isso ao encontrar uma roupa. É o que se chama de "achado". Era como se uma peça de roupa fosse capaz de refletir um desejo e, finalmente, concretizar aquilo que até então era só imaginado. O blazer foi o experimento de uma estética mais refinada, mais sofisticada e elegante, comenta Robertita. Era o passaporte de entrada em um novo mundo. Mundo este povoado hoje por mais de 70 mil seguidores no Instagram, capas de revistas nacionais, participação em semanas de moda internacionais e campanhas assinadas para marcas de roupas. "Quando as pessoas começaram a absorver a ideia, o engajamento subiu, a troca aumentou, a identificação da comunidade foi notável.

Nessa caminhada, outras peças resgatam Robertita não apenas do mundo da imaginação, mas das memórias afetivas e do aprendizado adquirido. Sim, as boas lembranças da mãe também se conectam com a moda. Junto ao blazer, uma clutch complementava aquela produção num casamento perfeito para a construção de imagem desejada pela influenciadora. "Essa clutch era da minha mãe, meado dos anos 1980, me lembra da história dela e também de uma virada de chave na minha carreira", reforça. Usar a bolsa se torna uma forma quase literal de carregar consigo a própria história e ancestralidade. E se Lais Roberta reconhece numa bolsa o valor de uma herança simbólica, busca agora ela mesma ser essa referência.

Não é possível que pelos próximos anos continuem invisibilizando mulheres como eu e nossos feitos, então espero que o meu legado seja um legado de luta mas também de muita beleza e elegância". A carta que um dia parecia ser de despedida, era de encontro. Robertita de fato foi embora no ano seguinte, mas não para os EUA, e sim para a sua nova realidade. A última tentativa era a acertada. Nascia a mulher que, um dia, existiu apenas no imaginário.

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A mulher do meu imaginário não se escora em referências inalcançáveis, ela parte dela mesma, do palpável, do real, sem comparações, sem escassez, sem vergonha. Ela é forte, autêntica, subversiva e muito bem vestida", conclui.

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