Sylvain Justum
QUEM É ?
Franco-brasileiro, jornalista, consultor e editor de moda, Sylvain Justum atua há mais de 20 anos no mercado de moda e luxo brasileiro, com passagens na GQ Brasil, Vogue Brasil, Harper's Bazaar e GNT Fashion.
Defina seu estilo em algumas palavras. Eu chamaria meu estilo de urbano minimalista. Com foco em peças neutras, atemporais e versáteis.
O que é indispensável para você e não pode faltar no seu armário? Calças pretas. Elas são a base ideal para qualquer produção, do casual ao mais alinhado. Um acessório que não abre mão? Perfume. Tenho usado até na quarentena pra ficar em frente ao computador dentro de casa, por mais relax que seja a produção. Sportswear x casual chic. O casual chic é mais versátil. E acho que passei da idade para o sportswear. Com qual marca nacional mais se identifica e por quê? VR Collezioni e Egrey. Ambas têm uma pegada urbana, prática e alinhada. As duas marcas fazem um casualwear menos banal, com um bem-vindo twist em peças clássicas que duram várias estações. Curte seguir tendências? Tem alguma que achou que jamais usaria, mas acabou incluindo no seu estilo? Parei de seguir tendências, mas no passado já usei até calça saruel! Hoje prefiro incorporar as mudanças da moda em pequenos detalhes, como as pregas e as referências jogging nas calças. Depois que você entende o seu corpo e o que funciona melhor para você, as tendências não fazem mais sentido. Poucas e boas roupas ou várias opções? Confesso que sou um pouco acumulador, mas, no fundo, acabo usando sempre as mesmas roupas. Gosto de ter várias opções por segurança, mas, na prática, as poucas e boas roupas predominam. Uma peça que jamais usaria? Algo superestampado, maximalista. Não tem absolutamente nada a ver comigo. Um ícone de estilo? Serge Gainsbourg. Com ele entendi que ter estilo é, acima, de tudo, uma questão de atitude.
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A Moda como Arte
A moda, quando vista como uma forma de arte, vai além de simplesmente vestir o corpo. Ela é uma expressão visual e sensorial de ideias, emoções e identidades culturais, políticas e pessoais. Assim como a arte tradicional, a moda tem o poder de contar histórias, provocar reflexões e romper barreiras.
### Alguns pontos sobre a moda como arte:
1. Expressão de Identidade: Assim como a pintura ou a escultura, a moda permite que o criador (designer) expresse sua visão de mundo e que o usuário se conecte com essa visão de uma forma íntima e pessoal. Cada peça pode contar uma história sobre quem a veste — sobre suas crenças, desejos e experiências.
2. Processo Criativo: O design de moda segue um processo criativo semelhante ao de outras formas de arte. Designers pesquisam, esboçam, experimentam materiais e texturas, e buscam inovar tanto no conceito quanto na execução. Algumas criações são tão elaboradas e conceituais que podem ser comparadas a esculturas ou pinturas em movimento.
3. Performance e Instalação: Desfiles de moda podem ser vistos como uma forma de performance artística, onde a passarela se torna o palco e as roupas, os personagens. Além disso, algumas coleções são expostas em museus como verdadeiras instalações artísticas, trazendo à tona discussões sobre o papel da moda na sociedade.
4. Experimentação e Inovação: Na moda artística, não há limites claros. Materiais inesperados, silhuetas ousadas e técnicas experimentais desafiam as convenções. Designers como Alexander McQueen, Rei Kawakubo e Iris van Herpen, por exemplo, são conhecidos por criar peças que rompem a fronteira entre o vestível e o artístico.
5. Moda como Reflexo Cultural: Assim como a arte, a moda reflete e comenta os momentos culturais. Desde o punk nos anos 70, que contestava normas sociais, até o minimalismo dos anos 90, que refletia uma busca por simplicidade, a moda tem sido uma ferramenta poderosa para representar e até moldar culturas.
6. O Corpo como Tela: O corpo é a base sobre a qual a moda se manifesta. Designers usam o corpo humano como uma tela tridimensional, criando interações únicas entre a forma e o tecido, explorando movimento, proporção e a relação entre o vestível e o não vestível.
Em suma, a moda como arte desafia as barreiras entre o útil e o belo, o comercial e o conceitual. Ela oferece um espaço para que designers e consumidores se engajem em uma forma de expressão que vai além da função e se aprofunda no significado.
Essa visão parece se alinhar bem com a proposta da Inventemoda.
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Criatividade e Estilo
Moda Única